terça-feira, 24 de setembro de 2024

 A CURA PELO PERDÃO Liberte-se da culpa e da angústia - Escritor: Tito Oscar

Introdução
Percorrer a estrada da vida não é uma tarefa fácil. Longa ou curta, sempre exigirá uma atenção especial daquele que a percorre. A peregrinação do homem pela vida não consiste apenas em caminhar numa direção qualquer. Nem toda estrada oferece segurança ao usuário. É preciso detectar os pontos críticos, as curvas perigosas, os trechos sem proteção. A regra para quem caminha é manter os olhos bem abertos, com atenção redobrada, pois as placas sinalizadoras às vezes se encontram mal conservadas ou foram destruídas. Nestes casos, o perigo de errar eumenta assutadoramente.
Nos Estados Unidos, dois jovens foram condenados por terem retirado das ruas as placasa sinalizadoras de trânsito. Se, no contexto espiritual, a exemplo do que ocorreu com esses jovens, pudéssemos punir aqueles que tiram os sinais de nossa estrada, a vida com certeza seria melhor. A punição, no entanto, precisaria começar primeiramente em nós, pois, não raro somos nós que furtamos e obstruímos a sinalização. Destinados pela insensatez, pelo desejo de independência e liberdade ou por ignorar as consequências, desprezamos esses sinais de alerta, considerando-os peças meramente decorativas da paisagem de conquistas e surpresas agradáveis, é importante manter os olhos bem abertos. (ele quase sofreu de um acidente de carro)
Muitos não sabem explicar como derraparam numa curva tão simples do caminho davida. Como perderam o controle da situação, quando tudo parecia natural. Como chegaram á beira do desespero sem conseguir frear os impulsos do coração. Aparentemente, a estrada não lhes oferecia nehum perigo. Portanto, não conseguiam visualizar a causa dos problemas.
Um outro acidente com mais dois amigos, o carro capotou e não entenderam. É Grande o número de pessoas machucadas pela vida, traumatizadas por acidentes existenciais, agastadas por relacionamentos desfeitos. A dor é ainda maior quando se julgam vítimas inocentes, quando sofrem perdas, às vezes irreparáveis por causa da imprudência de outros. Por não saber tratar essas perdas, passamos a nutrir ressentimentos e mágoas, comprometendo a paz e a alegria da vida.
Ao responder uma pergunta, é importante ter em mente que a imprudência e o descontrole podem gerar contendas que seriam facilmente evitadas com o uso de cautela. Não se deixe levar por um momento de irritação e descontrole que possam prejudicar a vida. Atendi a uma senhora ainda jovem que vivia sufocada por um sentimento de revolta que a corroia. A desintegração emocional e física era consequência do fim de seu casamento, provocado por interferência de parentes do marido. Viu o seu lar desintegrar-se, sem sentir-se responsável por isso, por isso o que lhe causou profunda revolta. Seu mundo reduziu-se. Ela se retraiu tornando-se introspectiva e muito agressiva. O brilho do olhar e o sorriso do rosto desapareceram.
Diante das crises
"O modo como você encara a crises e a provas da vida normalmente determina seu estado de saúde" Tim Lahaye.
Motivos por pontuação: morte do cônjuge 100 pontos, divórcio 73 pontos, separação matrimonial 65 pontos, encarceramento 63 pontos, morte de um familiar próximo 63 pontos, acidente ou enfermidade 53 pontos, aposentadoria 45 pontos, mudança de residência 20 pontos.
Esses fatos marcam profundamente a vida das pessoas, e o que muitos não conseguem evitar é o permanete estado depressivo de apatia, indiferença e deseperança. Na maioria das vezes, esse quadro decorre da falta de orientação e apoio, pois dificilemnte se consegue sair, sozinho, desse círculo vicioso. Muitos tentam, sem sucesso. Para reencontrar o caminho, é preciso que alguém tome suas mãos e vá ao seu lado. Para livrar Lázaro daqueles sinais de morte, Jesus deu outra ordem: "tirem as faixas dele e deixem-no ir". É preciso contar com apoio e ajuda dos outros paraser livre de marcas. Lázaro não percebia o pulsar da vida lá fora, o canto dos pássaros.
"Oro para que este livro seja muito útil para ajudá-lo a desatar completamente sua vida de todos os jugos e amarras que ainda a prendem". TitoOscar.
Embora as pessoas experimentassem o fluir do poder de Jesus, curando e libertantdovidas, Lázaro permanecia de olhos vendados. Assim temsido também a vida de muitos.
Além da Terapia
É na cas de Deus que encontramos forças parasair da casca e romper com os laços de morte que insistem em impedir nosos movimentos. "^...Tenham ânimo eu venci o mundo" (João 16:33). A fé em Jesus não nos isenta de lutas e travessias perigosas em mares revoltos, ms nos mantém firmes no controle do barco. Ela nos assegura que, se o Senhor não acalmar a tempestae, ele nos dará forças para suportá-la.
A falta de orientação espiritual provoca um vazio existencial no coração do homem. Com isso, abrem-se grandes brechas, pelas quais entra a maioria dos problemas. A terapia e psicoterapia são boas, é o recurso de Deus, mas não pode alcançar. A somaterapia só afasta momentaneamente de um problema. É preciso confiar em Deus.
A Força do Pensamento
Um dos faotres de desequilíbrio na vida do homem está em seu modo e pensar, e não só em sua maneira de agir. Ação é consequência do pensamento. E, no conceito b´bilico, a mente e o coração trabalham juntos.
O homem sofre de ambiquidade. "Dele nascem coisas boas e ruins... Mateus 15:19-20. O coração ama a Deus e ao próximo. É ele (o coração) que nos anima a idealizar e a pôr em prática os grandes projetos da vida. No entanto, o coração do homem, que é, por natureza, duro e insensível, só compreenderá os planos de Deus se passar por uma cirurgia. Reaproximando-se por meio do diálogo.


Capítulo 1 - não apenas um devedor: perdoar
A carência afetiva da pessoa pode levá-la reações imprevisíveis. A família ajuda na formação da personalidade.
Barnabé Cheio da graça de Deus
A receita de Jesus para uma vida equilibrada e harmônica: Marcos 12.31 ame ao seu próximo como a ti mesmo. Recibos na mão, cobrando de si mesma, perfeição em tudo, exigindo destreza e habilidade, dificilmente entenderá o que é ser compassivo com o próximo. Para você, não será fácil aceitá-lo como ele é.
Você tem valor: a maior atenção deve ser dada a você mesmo. Quando o seu coração não está bem e suas emoções, descontroladas, seu relacionamento interpessoal acaba sofrendo. Tudo ao seu redor parece ser feio, antipático e ruim! E esta irritação é direcionada para a primeira pessoa que cruza o seu caminho, seja ela amiga, seja apenas um estranho. A Bíblia diz que a amargura possui raízes profundas.
Há um princípio que governa a dinâmica do perdão. Ao ser concedido, ele gera um processo restaurador, tanto na vida de quem perdoa como na vida daquele que o recebe. O primeiro sente uma alegria indizível por ter conseguido deixar de lado uma ofensa ou pecado cometido contra a sua vida.
Só quem já perdoou uma grande falta é capaz de avaliar a intensidade do sentimento de alegria que invade o coração. Um exemplo de vida é o de José quando perdoa seus irmãos. Todo perdão nasce na cruz do calvário. "Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo".
O perdão tem um preço de renúncia, de entrega, de dependência de Deus, produzindo no coração de quem o pratica em enorme sentimento de gozo e paz, de modo que tudo o mais fica relegado a um plano secundário.
No coração do perdoado há também um misto de paz e gratidão, em especial quando o perdão foi um ato de misericórdia. Certamente você já experimentou essa sensação ao receber algo que não merecia.
Muitas vezes reconhecemos que falhamos, que não somos dignos de outra chance, entretanto o prdão nos é concedido. Ele produz alívio e bem-estar, que nos pareciam pimpossível.
"Perdoe a si mesmo, para depois perdoar ao seu próximo".

Capítulo 2 - Atando as mãos
Apoiar àquele que está caído ou se erguendo. A parábola do servo impiedoso, Jesus revela a extensão desta prática: ela é ilimitada. Setenta vezes sete não é um número definitivo. Ele apenas representa uma forma de dizer que o perdão deve fluir do coração sempre que a comunhão, a amizade e a irmandade forem ameaçadas.
Esse ensino visa romper com a contabilidade das ofensas, zerando o déficit do perdão e abrindo novas fontes de crédito. Não podemos esquecer, porém, que a preocupação maior deve ser, antes de tudo, qualitativa, nunca quantitativa. (Marcos 11.24) "...tudo que pedirem em oração...", "deixe o ímpio o seu caminho..." "Isaías 55.7".
DOR QUE DÓI
A vida tem nos ensinado que uma das feridas que mais sangra que mais debilitam a vontade de viver, descobrindo a existência e desfocando a visão, é sem dúvida nenhuma, a falta de perdão.
A angústia, a amargura e o sentimento de vingança têm atrelado muitos a cadeira de redás, transformados em hemiplégicos espirituais devido a um bloqueio interior.
Quando o perdão é negado, a vida perde o brilho e a razão de ser. Aquele que o veja armazena no organismo as toxinas causadoras de doenças físicas, emocionais e espirituais. Esse fato está sobejamente comprovado pela ciência médica, que estimou entre 60 e 80% as doenças provocadas por descontrole emocional como o medo, o ódio, o ressentimento, a falta de perdão, etc. O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para o reinício" Martin Luther King.
O alvo maior é permite que a bênção recebida altere o rumo da vida, introduzindo no coração um propósito diferente. Deve impulsionar a pessoa rumo à paz, e não ao conflito; ao amor, e não ao ódio; à aproximação, e não ao afastamento da comunhão.
Quando o perdão não produz essas mudanças, é sinal de que não foi recebido. Foi concedido, mas não aninhado e acolhido pelo coração! Ajustar os valores: se eu sou perdoado, então devo fazer o mesmo com o meu próximo!
Evitara "explosão de sentimento". Palavra que o vento dissipa: o importante é saber perdoar e estar sempre desarmados e prontos para cobrirmos, com o amor que Deus tem derramado sobre nós, todo pecado e erro cometidos pelo próximo.

Capítulo 3 - Contratam-se atormentados
O ser humano abriga em seu interior uma extensa gama de necessidades: biológica, psíquicas, afetivas, sociais, sexuais, espirituais, entre outras. Ao interagir, permitem que o homem construa uma vida equilibrada e produtiva. "Todos os seres humanos são mobilizados e motivados a agir de alguma forma no mundo, graças às suas necessidades e potencialidades" Auiles Chiappin. Rollo May ressalta a necessidade de o homem explorar essa potencialidade, sob pena de perder sua capacidade criativa. Diz ele:
"Qualquer organismo que deixe de cumprir suas potencialidades adoece; o homem que não preenche suas potencialidades como ser humano torna-se limitado e doente". Esta é a essência da neurose; as aptidões em desuso, bloqueadas por condições hostis do ambiente e por conflitos anteriorizados, voltam-se para dentro, causando morbidez.
Essa busca, entretanto, sofre muitos desvios durante a vida. Nem tudo ocorre conforme as definições da ciência. O ser humano é complexo demais para ser encaixado em molduras puramente acadêmicas. A maioria está sempre pronto a romper com as regras, a ultrapassar sinais vermelhos, a mergulhar fundo no anseio de conquistar quaisquer espaços disponíveis.
Para muitos, o importante é satisfazer os desejos do coração independentemente da circunstâncias. O problema é que, em geral, o pulsar do coração não está sintonizado com os valores reais da vida. À ausculta-lo, percebe-se uma grande disritmia, que acaba deixando a pessoas apática, estressada e temerosa.
Aqueles que mergulham fundo nas realizações exclusivamente humanas em geral não conseguem voltar a superfície. Esse mergulho acaba gerando vidas desestruturadas, insaciáveis e sem nenhuma perspectiva de melhora. Essas pessoas caminham com muita dificuldade, desnorteadas sem metas definidas.
Um pequeno momento de auto análise revela que somos nós os únicos responsáveis por construir uma vida desordenada e sem objetivos.
OLHANDO NO ESPELHO
Enquanto não tivermos coragem de confrontar nossos anseios e de mudá-los, continuaremos a viver num mundo totalemnte falso, criado pela capacidade que temos de nos enganar.
Há uma forte inclinação natural no ser humano para ver com mais clareza os defeitos dos outros, esquecendo-se de olhar para os seus próprios e que estão bem diante de seu nariz. Mt 7.3) "Porque você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?".
"Ao focalizarmos a atenção na culpa de outrem, desviamos nossa atenção da culpa inconsciente que sentimos, mas que não queremos encarar".
É mais cômodo seguir a correnteza que remar contra a maré. Engrossar as fileiras do time dos que só reclama e enxergar defeitos quase não exige esforços. Dependendo de como você avalia sua vida, ela poderá se transformar no cântico de vitória ou num lamento de fracasso. (parábola do filho pródigo)
Galatas 6.7,8: (semear-colhe) essa lei mostra que muitos dos problemas que enfrentamos hoje resultam de ações e reações erradas que praticamos anteriormente. O sentimento de vingança numa nunca produzirá a harmonia e perdão.
Sem perceber, muitos acabam contratando a tormentadores para afligir a própria vida. Foi assim que o credor acabou nas mãos do verdugo. Ao deixar de perdoar aquele que lhe devia uma importância insignificante, abriu as portas da prisão para si mesmo.
Mateus 7:12 "Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas".
EXORCIZANDO O CORAÇÃO
A falta de perdão é como uma raiz que se aprofunda na pessoa, produzindo uma teia de conflitos que acha por aprisioná-la interiormente. Cria-se um bloqueio em relação aos outros, e esse bloqueio funciona como um concorrente, um adversário.
"Quem sofre? O que odeia ou o que é odiado?" Quantas pessoas passam dias e noites e lançando mentalmente agressivas cargas emocionais contra alguém, sem que esse alguém sequer fique sabendo. Enquanto você se consome, sombrio e exasperado, o outro está feliz da vida, completamente desligado de você.
Isto nos mostra que não é a pessoa odiada a responsável por nossa úlcera, pela gastrite nervosa ou pelo problema de hipertensão, mesmo sob uma rigorosa deita alimentar. Somos nós que envenenamos o organismo por meio de um sentimento mesquinho que deve ser exorcizando para sempre. Não culpe a Deus por suas dores e angústias. Ele não é o responsável. Toda confusão e vontade de explodir são frutos da semente plantada no solo de seu próprio coração. (ter a educação pelo próximo é o melhor remédio).
> A luz da presença de Cristo inunda o coração de graça, poder e unção.
> "Perdão é bom para quem concee e recebe". Resumi.
> O ódio é um veneno produzido por nós mesmos.
> O perdão mesmo que sejamos a vítima (mas perdoe) produz uma paz nunca sentido antes. " É o melhor medicamento".

Capítulo 4 - Como esquecer a ofensa
Fica claro que as boas ações são sempre importantes na vida do cristão (não passa despercebido por Deus, e também não santifica o homem). Só o sacrifício de Cristo na cruz pode curar o coração ferido.
Roamnos 5.19 (confissão)
Ajudar o próximo é obrigação de todos. Socorrer o aflito e necessitado é uma das prioridades do Reino de Deus.
A confissão é mais do que um simples pedido de perdão. Ela precisa ser acompanhada de atitudes compatíveis com a palavra dada. Muitos confessam suas faltas, mas continuam guardando mágoas, tristezas e uma dose de desprezo em relação à pessoa perdoada. A verdadeira confissão impede que as velhas atitudes renasçam, provocando outros desastres. Ela exige uma atitude interior adequada à verdade.

Capítulo 5 - Raízes que contaminam - Hebreus 12.15; Eclesiastes 3.1; Êxodo 9.27,28.
A metáfora usada pelo escritor mostra que a falta de cuidado com a vida espiritual pode produzir raízes de amargura no coração do homem. Instaladas elas não só comprometem seu bem-estar, mas também se entrelaçam na vida de todos os que vivem ao seu redor.
É fácil deixar essas plantas venenosas se desenvolverem no coração. Uma pequenqa contrariedade, um mal-entendido ou uma palavra impropriamente colocada pode preparar o coração para receber essa raiz de amargura. (ler livros - Bíblia - ouvir baixinho o rádio, ler o livro de Salmos, passear). ( eu acrescento a copiar os SALMOS também).
O perdão tem poder de libertar não apenas o ofensor, mas também a vida do ofendido. É o melhor remédio para curar nossas dores. Ele tranquiliza o espírito e nos conscientiza da presença constante de Deus na vida de ambos: ofensor e ofendido.
Quem perdoa abre a possibilidade de uma existência plena de conquistas. O horizonte se amplia, revelando uma nova paisagem, despoluída e desobstuída, livre da tensão e do medo.
O ato de perdão envolve sempre três elementos básicos. O primeiro é a ferida que a ofensa provoca na vida interior - Gênesis 3.23, 24.
O segundo é a dívida, fruto da ferida provocada - Gálatas 6.7; Lucas 15:18-19; romanos 13:8.
O terceiro Stanley recomenda os seguintes passos:
1. Liste os motivos que geraram a amargura.
2. Liste os seus próprios erros.
3. Liste os erros pelos quais Deus o perdoou e como Ele fez isso.
4. Peça Peça a Deus para ajudá-lo a ver seu ofensor como um instrumento de edificação para sua própria vida.
5. Peça perdão a Deus pela mágoa que você ainda nutre por seu ofensor.
6. Tome a decisão de eliminar todo sentimento errado e assuma essa responsabilidade diante de Deus.

Capítulo 6 - Encurtando distâncias
A força motriz que impulsiona uma pessoa a se distanciar de outra não está instalada numa torre, nem é acionada pelo clique de um mouse. Também não se encontra ao alcance das mãos, como uma tomada. Em vez disso, ela está escondida e camuflada no interior do homem.
Essa força permanece enraizada no espírito daquele que, pensando cultivar rosas, cultiva mágoas. Nesse esconderijo, as sementes da discórdia, da inimizade e da crítica encontram terra fértil. É ali que as raízes do ódio se entrelaçãm, fortificando os sentimentos de vingança.
A viajar para Natal, no Rio Grande do Norte, tive a oportunidade de visitar o famoso cajueiro da cidade, considerando o m aior do mundo. É, em dúvida, uma árvore singular. Suas raízes se entrelaçãm num emaranhado de ramos, galhos e folhas, cujo início é realmente difícil de encontrar.
Fico pensando que a vida de muitas pessoas se parece bastante a esse cajueiro. São raízes de amargura, de desprezo, de ciúmes e de tantos outros sentimentos negativos que dificultam uma vida tranquila.
> Ninguém aprecia a comunhão com pessoas ranzinzas, amargas e vingativas. Em vez de embelezar a paisagem, enfeiam-na.
> A falta de perdão desestrutura o caráter, provocando uma série de desajustes psicossociais. Com isso, o homem passa a cultivar um espírito insensível, em razão da perda do senso de valores, que rompe com todas as virtudes teológicas.
Uma senhora que amargava grande decepção por causa de um relacionamento afetivo me disse: "Não sei qual o sofrimento maior: odiar ou perdoar aquele que me feriu!"
Pode parecer uma questão difícil de responder simplesmente porque aquele que perdoa, muitas vezes, nos projeta uma imagem de fraqueza e ingenuidade. De modo geral, ninguém gosta de ser rotulado de fraco e ingênuo, ração porque muitos acabam aguardando ressentimentos, que geram angústia e depressão.
O sofrimento maior é, sem dúvida, produzido por reprimir o perdão, quem não perdoa, abre brechas, por onde se infiltram os vírus que atingem as emoções e que, não raro, leva a pessoa para o leito de dor.
A psicanálise se chama de ira retroflexa a projeção, para dentro de si mesmo, de toda a ira e rancor que deveria ser expressada contra outra pessoa. Isto mostra que, ao reter o perdão, o consequente veneno passa a circular na vida da própria pessoa que se nega a concedê-lo.
A ausência de perdão tem grande poder de dispersar amizades, romper relacionamentos e separar casais, a igreja sofre com esse joio.
O que não perdoa: impossível de viver tranquilamente, caminhar à distância, sozinho e amargurado, não consegue se aproximar dos outros apesar do esforço.
Uma receita hebreus 12:14 - viver em paz.
Ter paz com todos os pressupõe viver em plena harmonia, sem se deixar levar pelas diferenças que surgem a cada passo. Alguém disse: "é impossível ter paz com todos os homens". Se essa paz depender apenas de um esforço, vale a pena faze-lo! Ser moldada pelos mesmos sentimentos que existem no coração de Deus. Eles estão retratados numa frase curta registrada pelo apóstolo João: "Deus é amor". Deus disponibiliza o amor. A essência de Deus é o amor. O amor é o antídoto contra a falta de perdão. 2 Samuel 1:19-21.

Capítulo 7 - Vale a pena perdoar Mt 18.34, 35; Sl 32.1-5.
Em primeiro lugar, porque fomos inicialmente perdoados por Deus, não pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Jesus perdoa à medida que perdoamos. Em segundo lugar, porque ao fazê-lo, Deus nos livra das mãos dos atormentadores. Em terceiro lugar, porque loberamos o próximo do sofrimento por seu pecado. Ao perdoar, ocorre uma completa mudança de rumo.
Ambos sofrem a ausência de perdão. Quando perdoa ambos se libertam dos açoites dos atormentadores. A imagem acinzentada da vida desaparece, surgindo um novo horizonte, pincelado pelas cores do arco-íris.
Muitas oportunidades são perdidas pordesconhecermos a dinâmica que acompanha o processo de perdão. Um dos erros mais comuns é impor sobre o ofensor a necessidade de confessar pessoalmente a falta cometida

Capítulo 8 - Ponto-e-vírgula
"Amar é não ter que jamais pedir perdão."
O tema perdão não se esgota nas páginas de um livro. Há momentos em que ele exige um esforço muito grande para vencer a correnteza do rio, para lançar suas águas ao mar, em outros, ele é mais ameno e menos intenso, como as marés das luas minguantes. O importante, no entanto, é não deixa-lo escoar sem que as águas reguem o coração, encharcando-o daquele sentimento inigualável de alívio e descanso.
O amor que não pede perdão não pode ser chamado de amor. É apenas um sentimento que oscila entre os interesses do coração. Amar é não ter que jamais pedir perdão. Trata-se de uma Declaração bem frágil. Inconsistente, ela se desfaz à menor pressão. Quem ama dessa maneira não sabe o que é sentir culpa. Não percebe que a ausência de perdão suscita a ira dos verdugos e lança um fardo ainda maior sobrea própria vida.
Quando uma chuva de pedras desabou sobre Estevão, sua reação demonstrou a mesma virtude de Jesus na cruz. O amor daquele discípulo seguidor de Cristo eramaior do que a força dos braços que atiravam pedras. Era maior do que a frustração de um multidão desgovernada. A motivação de seu amor era muito maior do que um pedido de perdão pela fúria de um povo cego de ódio.
O amor de Estevão não pediu, mas concedeu o perdã. A atitude de Estevão nos mostra como a experiência do perdão é difícil. Pedir que uma esposa ou um esposo perdoe a infidelidade cometida é simplório demais. Esse perdão precisa estar envolvido por um amor capaz de cobrir qualquer ofensa, ainda que essa qualidade de amor seja difícil.

Amor x conjunto de emoções
É fácil confundir-se no casamento. Quem se deixa govervar pelas emoções não sabe o que significa marade verdade, reage a qualquer palavra, cria uma barreira a toda admoestação. Não aceita a nenhuma vontade, a não ser a sua.
Quem ama está sempre pronto a caminhar ukma segunda milha. Tem os ouvidos e o coração abertos a qualquer ensino. Nunca usa lanças parase defender. Acata o silêncio para não produzir ferimentos. Refreia as mãos para não agredir.
O amor não só concede como também, recebe o perdão. Esse amor qualificado pela Bíblia deve ser primeiramente voltado para aquele que é a fonte de todo o perdão. Sem amar verdadeiramente a Deus, não saberemos perdoar nosso ofensor.
Para sermos capazes de praticar o perdão, precisamos nos espelhar no amor de Deus. É esse amor perdoador do Pai que pode fortalecer a vida daquele que foi ferido pela insensatez de alguém. Do ponto de vista humano, não há como exigir um perdão assim. Só mesmo pela graça, que nos vem por meio do Espírito Santo, o ser humano consegue perdorar e ser perdoado. Uma última lição que devemos registrar é que o perdão deve ser definitivo e radical. Qualquer cobrança posterior pode anular esse ato de graça. Aós uma experiência de queda, muitos casais passam a exercer uma vigilância policial. Controlam todos os movimentos e passos daquele que falhou. Qualquer coisa é pretexto para levantar dúvidas e cobranças. Um telefonema atendido em voz baixa é motivo para novos atritos.
O perdão de Deus não só é definitivo, mas ele jamais volta a fazer referência à faltacometida. -É assim que devemos perdoar. Uma vez concedido o perdão, nçao se pode voltar a mencionar o erro. Ninguém paga uma dívida duas vezes. O perdão verdadeiro é concedido como se fosse um recibo passado, age na relação interpessoal como uma argamassa, impedindo que futuros tremores voltem a produzir rachaduras na parede. Foi assim que Deus nos perdoou. Jesus confirmou esta bverdade ao declarar: "todo aquele que o Pai me deu virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei" (Jo 6.37).
Meu desejo, ao concluir estas reflexões, é soprar brisas amenas em seu verão interior. É primaverear sua estação de vida. Gotejar a paz que vem mediante a prática do perdão. Enlaçar seu espírito com as fitas coloridas da vida, fazendo dele um presente para todos os que vivem ao seu redor. Que estes pensamentos não rolem pelas cascatas destas páginas, sem que antes produzam uma mudança real em sua vida. Esta é a minha oração. Tito Oscar - A Cura Pelo Perdão - Liberte-se da culpa e da angústia editora Vida 1997, 1998.