sábado, 1 de agosto de 2015

A liberdade da Alma

A alma humana também se alimenta de sonhos, emoções e sentimentos. Entre os muitos sonhos da alma, está o desejo de ser livre. Sem dúvida alguma, isto é uma das maiores necessidades do ser humano. O anseio por liberdade acompanha o homem ao longo de sua história e é força motivadora de suas ações mais significativas. Contraditoriamente, há momentos em que as ações para a liberdade terminam em situações de escravidão. Sonhando com a liberdade, muitos vivem o pesadelo da opressão. Na verdade, o desejo de ser livre e o risco de ser escravo andam lado a lado, e o limite entre eles é tênue demais.
Muitos adolescentes, sonhando em ser livre, são tragados pelos grilhões das drogas. Jovens enamorados, buscando a liberdade no amor, tornam-se escravos da paixão. O sonho de ser livre para viver um grande amor no casamento tornou muitos homens e muitas mulheres escravos do ciúme, de mesquinharias, transformando a vida a dois em uma grande penitenciária conjugal. Estranhamente, a religião também escraviza. Ela, que deveria ser uma força libertadora, tem oprimido muitos com dogmas, superstições e manipulação de líderes mal-intencionados, que transformam almas carentes em vítimas da exploração psicológica, espiritual e financeira. Nestas situações, a fé passa a usada para oprimir a pessoa, e não para libertá-la.
Toda a escravidão é danosa à alma. Entre tantas formas de escravidão, três delas merecem destaque: a escravidão dos sentimentos, a escravidão moral e a espiritual. Todas elas atuam como um vírus fatal, destruindo a nossa existência. Quantas pessoas estão presas a sentimentos mesquinhos; são almas algemadas. Ressentimentos, mágoas, amargura, ódio e rancor escravizam a pessoa por dentro, roubando-lhe a dignidade e a alegria de viver. Outra escravidão terrível é a moral. Ela é produto de um conjunto de fatores e iniquidades, que pouco a pouco mina toda a nossa base ética, tornando-nos pessoas sem compromisso com a vida, com o próximo e com Deus. A escravidão moral subtrai do homem seus valores e seus princípios vitais.
Por fim, temos ainda a escravidão espiritual. É a escravidão por conta do pecado, que subtrai do ser humano toda a sensibilidade para com Deus, transformando o homem num ser aprisionado pela sua arrogância, inquieto, insensível, cruel, vítima de si mesmo. Tentar ser livre excluindo Deus da sua vida é alçar voo nas asas da liberdade, e cair nas garras de alguma forma de escravidão. Quando alguém resolve abandonar o Senhor, vira escravo de sua própria ilusão. Contudo, Jesus Cristo afirmou: Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres (João 8.36).
Pr. Estevam

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